O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, afirmou nesta quinta-feira que o Hamas ainda não respondeu aos mediadores sobre a mais recente proposta de cessar-fogo, e que ainda a estuda, acrescentando que Catar, Egito e Estados Unidos ainda buscam uma solução.
Mais cedo, duas fontes de segurança egípcias afirmaram que as negociações para obter um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, continuam, mas não há sinais de grandes avanços.
As negociações começaram na quarta-feira, quando o diretor da CIA, William Burns, encontrou-se com autoridades do Catar e do Egito em Doha, para discutir uma proposta que o presidente dos EUA, Joe Biden, apoiou publicamente na semana passada. O mandatário a descreveu como um plano trifásico de iniciativa de Israel.
Na quarta-feira, em uma aparente derrota da proposta de Biden, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou que o grupo exigia o fim permanente da guerra na Faixa de Gaza e a retirada israelense como parte do plano de cessar-fogo.
Desde uma trégua de uma semana ocorrida em novembro, todas as tentativas de obter um cessar-fogo falharam, com o Hamas insistindo em sua demanda pelo fim permanente do conflito, enquanto Israel afirma que está preparado para discutir apenas pausas temporárias até que o grupo militante seja derrotado.
Esta guerra começou após um ataque do Hamas a Israel no dia 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e tomando mais de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.