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MATO GROSSO

Unidade móvel de saúde da SES atende mulheres surdas com apoio de tradutor de Libras

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A Unidade Móvel de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) realizou, nesta terça e quarta-feira (04 e 05.06), exames ginecológicos em 25 mulheres surdas. A ação foi promovida pelo Hospital Estadual Santa Casa em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social (Setasc-MT), que ofereceu apoio da Central de Interpretação de Libras.

Está prevista para o dia 11 de junho a segunda etapa da ação, que vai atender outras 25 mulheres surdas.

A diretora do Hospital Estadual, Patrícia Neves, destacou que a Unidade Móvel de Saúde da Mulher dá agilidade na realização de exames e que a tradução simultânea possibilitou atender ao público.

“A unidade móvel de Saúde da Mulher nos possibilita um atendimento mais ágil. Porém, sem o auxílio da tradução simultânea, muitos detalhes importantes poderiam ser perdidos na comunicação entre médico e paciente. Então ficamos muito contentes de poder ofertar, de maneira inclusiva, esses exames tão importantes para a saúde da mulher”, enfatizou a diretora.

A paciente Larissa Santos, de 33 anos, foi uma das mulheres atendidas durante a ação e avaliou a importância da acessibilidade no atendimento em saúde.

“É importante termos essa oportunidade de atendimento, com acessibilidade. Também queremos participar das ações da saúde da mulher, é importante nos cuidarmos como mulheres, questão de câncer da mama e outros exames. A gente não consegue ter comunicação com os profissionais médicos nem com as instituições”, ponderou a paciente ao relatar as recorrentes dificuldades de comunicação nos atendimentos que recebeu ao longo da vida.

O médico cancerologista cirúrgico do Hospital Estadual, Eduardo de Arruda, destacou a importância da realização anual dos exames e como a barreira da comunicação pode dificultar o atendimento.

“É através dos exames que podemos detectar alterações como câncer de mama, câncer de útero e de colo de útero. Para garantir um bom atendimento, a comunicação é essencial, por isso a presença do intérprete é fundamental”, explicou o médico.

A Unidade Móvel de Saúde da Mulher já realizou 4.986 consultas até junho deste ano no Hospital Estadual Santa Casa. Em 2023, foram realizados 12.516 atendimentos por meio da unidade.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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