Uma reunião da Câmara de Mulheres Empreendedoras da Fecomércio -DF com a deputada distrital Paula Belmonte foi realizada para discutir qualificação profissional e educação empreendedora. O encontro, que ocorreu na última terça-feira (3), levantou as principais necessidades para o sucesso dos negócios geridos por mulheres no Distrito Federal — que tem 32% das empresas abertas por elas.
A deputada e empresária do ramo imobiliário, Paula Belmonte, pretende ouvir as demandas dos sindicatos para aperfeiçoar as ações da Frente Parlamentar de Empreendedorismo Feminino.
“ Quando a gente trata da questão feminina, nós estamos tratando de uma sociedade inteira. Somos mais de 52% da população e muitas dessas mulheres não estão no mercado de trabalho, precisamos trabalhar nisso para melhorar a autonomia e autoestima delas “, ressaltou.
A profissionalização e a criação de linhas de crédito para possibilitar o crescimento, principalmente, das pequenas e médias empresárias, estão entre os principais pontos citados pela parlamentar.
A autora da Lei Federal que instituiu a Semana do Empreendedorismo Feminino se colocou à disposição para trabalhar na capacitação em parceria com a Fecomércio-DF, com o objetivo de fomentar o empreendedorismo feminino.
Outra questão levantada no encontro é a presença feminina em setores como o Tecnologia e Inovação. Para a coordenadora-líder da Câmara, Beatriz Guimarães, é fundamental aumentar o número de mulheres em áreas que garantem um maior retorno financeiro.
O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, que também participou da reunião, se comprometeu a trabalhar em conjunto com a Frente Parlamentar para capacitar a população.
“ Já estamos, inclusive, conversando com o Ministério Público para qualificar pessoas com deficiência (PCDs) e aumentar a empregabilidade desse grupo social, pois existem muitas empresas que possuem essa demanda, mas não encontram pessoas com a devida formação profissional “, completou.
Ele ainda citou a importância do PL discutido no Congresso Nacional para taxação de 20% nas compras internacionais até 50 dólares, que beneficiaria empreendedoras brasileiras com o fim da concorrência desleal.
De acordo com dados do Mapa do Comércio, cerca de 70% das cerca de 15 mil empresas varejistas de vestuário tem mulheres como sócias no DF. Esse é o segundo segmento com maior presença feminina, atrás somente dos salões de beleza.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.