O governo dos Estados Unidos está com grandes expectativas para um cessar-fogo na região da Faixa de Gaza nos próximos dias. De acordo com John Kirby, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, a proposta de cessar-fogo começará com uma trégua de seis semanas na região caso o Hamas aceite o acordo previamente.
O plano, proposto pelo presidente Joe Biden na última semana, é dividido em três etapas e levará ajuda humanitária aos palestinos e também realizar a troca de mais reféns sob posse do Hamas por palestinos presos em Israel antes do fim permanente do conflito.
Entretanto, a proposta de cessar-fogo é contestada por alguns mesmos do governo israelense. As negociações seguem em curso enquanto os conflitos seguem em Rafah, cidade ao Sul da Faixa de Gaza, bombardeada por ataques aéreos na última semana .
Segundo a Agência de Refugiados da ONU (UNRWA), todos os 36 abrigos em Rafah tiveram que ser esvaziados por conta dos ataques. 1.7 milhão de pessoas estão fora de suas casas em Khan Younis e outras regiões centrais da Faixa de Gaza.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos declarou que, após as seis semanas de trégua, a segunda fase da proposta de cessar-fogo consiste em fazer com que os reféns vivos retornem para Israel, e aí então as negociações pelo fim do conflito se iniciariam.
Kirby afirmou que “os dois lados precisariam sentar e tentar negociar como a segunda fase [do acordo] será executada, e quando começaria”.
No último sábado, dois ministros de extrema-direita do governo israelense ameaçaram deixar o governo se o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu aceitar as condições do termo. O Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, afirmaram que se opõem a qualquer acordo antes que o Hamas seja destruído.
Na mesma linha, Netanyahu insistiu que não haverá um cessar-fogo enquanto o poder militar e de governo do Hamas não for destruído e todos os reféns libertados.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.