A Polícia Militar ( PMDF ) foi acionada, na noite desta terça-feira (28), após uma idosa humilhar um segurança de um mercado de vizinhança na Asa Norte. De acordo com relatos, a mulher, a qual não foi identificada, teria perguntado ao funcionário o preço de um produto e ele ter respondido que ele trabalhava apenas como vigilante no estabelecimento, o que a deixou enfurecida.
A partir de então, testemunhas relatam que a idosa, usando uma máscara no rosto, passou a proferir xingamentos e ofensas contra o funcionário, além de ameaças ao dizer que era parente de governador, mesmo sem citar qual, e também de magistrados do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios ( TJDFT ). Da mesma forma, não disse de quem.
Além das palavras de baixo calão repetidas, a aposentada também injuriou contra o empregado, quando o xingou com termos sobre a condição econômica do funcionário e repetindo que era ela que pagaria “o salário dele”. “Seu lascado, favelado”, xingava.
No trecho do vídeo adquirido pela reportagem, é possível perceber a exaltação e as investidas da idosa, o que incluiu uma reclamação ao gerente, até que outros clientes tentam intervir.
“A senhora vai chamar o gerente, mas todo mundo aqui está vendo que a senhora é extremamente mal-educada A senhora não deve falar assim. A questão é que a senhora o xingou e ele não xingou a senhora”, afirmou o cliente em defesa do funcionário.
“Ah, vai dar razão para um idiota desses… Vá para a m****. Homem, né? Tá com medo de apanhar dele, é”, provocou a idosa.
Na gravação, a idosa garante ter sido xingada anteriormente pelo vigilante, mas não houve nenhuma testemunha no local que confirmasse a versão.
Veja o vídeo:
Caso de polícia
Embora a polícia tenha sido acionada, a viatura não chegou ao local para configurar o flagrante de injúria. Um boletim de ocorrência foi feito pela delegacia virtual e deve ser encaminhado para apuração da 5ª Delegacia de Polícia, a qual investiga casos ocorridos na área central de Brasília.
Procurado pela reportagem, o segurança afirmou que tem pouco tempo de casa e que o maior temor é de ser desligado caso a idosa resolva persegui-lo.
“Eu ainda corro o risco de perder o meu emprego, sabe? Fui distratado no meu ambiente de trabalho e ainda corro o risco de perder meu emprego por [estar] exercendo a minha função, né? Em momento algum eu a agredi com palavras, não falei nada e ela já veio me xingando, sabe?”, disse.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.