Um dos destaques da Feira da Agricultura Familiar e Turismo Rural (FEAFTUR) 2024 será o chocolate Biomas, que é 100% produzido com insumos mato-grossenses, inclusive o cacau, cuja produção tem sido incentivada pelo Programa MT Produtivo Cacau, do Governo de Mato Grosso. O evento, organizado pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), faz parte da FIT Pantanal, que começa nesta quinta-feira (30.05), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Receita será apresentada por Thaise em oficina com degustação – Foto: Arquivo pessoal
Na Cozinha Show Rural, atração que contará com performances de oficinas vivas, rápidas e de degustação, a nutrichef Thaise Germano apresentará uma deliciosa receita de torta de cupuaçu com chocolate, destacando a versatilidade e o sabor autêntico do chocolate Biomas.
A nutrichef explicou que todo o açúcar, leite, castanhas e até banana chips usados no chocolate Biomas são produzidos localmente com o compromisso de fortalecer a economia regional, mas também fabricar um produto de alta qualidade, a partir do conhecimento da matéria-prima.
O açúcar utilizado é produzido em Nova Olímpia; o leite em pó pela Cooperativa Agropecuária Mista Terranova (Coopernova), em Terra Nova do Norte; o cacau de várias localidades do Estado, entre elas Alta Floresta, Cotriguaçu e Colniza.
“Até mesmo a embalagem é produzida no Estado, em uma gráfica daqui mesmo. Quando eu vou fazer algum chocolate que tem que inserir alguma castanha, eu utilizo a castanha de Alta Floresta, eu utilizo o Cumaru (ou cumbaru) de Poconé, a banana chips de Nossa Senhora do Livramento, então, assim, acaba girando dentro do Estado. Essa é a proposta do chocolate para valorizar não só os produtores como os nossos biomas”, disse.
Além de valorizar os produtores locais, o Biomas utiliza ingredientes puros, sem essências, aromas artificiais ou gorduras hidrogenadas, oferecendo um produto naturalmente saudável e saboroso. Interesse pela produção começou com visitas a propriedades produtoras de cacau – Foto: Arquivo pessoal
Thaise começou a estudar sobre a cadeia produtiva do cacau em 2017 e, em visitas a pequenas propriedades no interior do Estado, ela, que já era confeiteira com experiência em gastronomia, descobriu que boa parte do cacau produzido no Mato Grosso era enviado para Rondônia e de lá para as grandes indústrias de beneficiamento. Isso a motivou a começar a produzir chocolate, de maneira sustentável e respeitando todo o processo “Bean to Bar” (do grão à barra).
Então, em 2021, lançou a própria marca de chocolate, com uma minifábrica no Bairro Boa Esperança, na Capital. Apesar de ainda ser uma produção artesanal, Thaise tem planos de transformar o negócio em uma pequena indústria. Chocolate traz ingredientes que valorizam produção regional e os biomas existentes no Estado – Foto: Chocolate Biomas
Atualmente, a nutrichef produz chocolates para empresas e campanhas específicas, como Natal, Páscoa, Dia dos Namorados e Dia das Mães. Ela foca em datas comerciais e oferece produtos personalizados conforme a necessidade das empresas, com diferentes percentuais de cacau escolhidos pelos clientes. Através das redes sociais, especialmente do Instagram, muitos clientes descobrem e encomendam seus produtos. Todo o atendimento é realizado de forma online, com produção sob demanda e entrega direta ao cliente.
Ela destaca a importância do Programa MT Produtivo, que entregou 260 mil mudas da fruta para produtores familiares nos últimos cinco anos, para o desenvolvimento do cacau no Estado.
“Esse programa é extremamente necessário. Sem ele, com certeza, eu não conseguiria tirar do papel o sonho, que é o sonho da expansão e o sonho de colocar a empresa mesmo em movimento. Então é de extrema importância. A gente consegue ver, por exemplo, que lá na ponta, a gente consegue ver o tanto que o impacto para os produtores é grandioso, assim, faz muita diferença na vida deles e automaticamente vai fazer a diferença com todos ao redor”, pontuou.
As forças de segurança de Mato Grosso impediram, neste sábado (09.11), uma invasão de terra em Barão de Melgaço. Essa já é a 44ª ação realizada desde 2023 para impedir ocupação de terras ilegais no Estado.
Conforme informações da Polícia Militar, um grupo de cerca de 30 pessoas quebrou o cadeado da porteira, arrebentou as cercas da fazenda e invadiu o local. Quando a polícia chegou eles já estavam levantando barracas de lona.
Os invasores foram detidos e levados para a delegacia de Santo Antônio do Leverger.
O secretário de Estado de Segurança Pública, César Roveri, lembra que Mato Grosso foi o primeiro Estado a declarar tolerância zero com as invasões de Terras.
“É uma determinação do governador Mauro Mendes, para impedir que os invasores se instalem em propriedades urbanas e rurais aqui no Estado, e assim foi feito. Logo que o boletim de ocorrência foi registrado, a polícia deu início ao atendimento e aplicação do programa tolerância zero à invasão de terras, da mesma forma como já foi feito nos 43 casos anteriores, desde março de 2023”, disse o secretário.
“As forças de segurança no Estado trabalham integradas para impedir as invasões, dando uma resposta rápida ao cidadão, e mantendo a ordem e a segurança pública”, ressaltou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes.
Tolerância Zero
Desde 2023, o Governo de Mato Grosso tem atuado com tolerância zero com as invasões de terras no Estado.
As forças de segurança do Estado atuam de forma integrada para impedir invasões ilegais. A atuação é realizada por agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Politec, unidades especializadas como Rotam e Força Tática, e também o Corpo de Bombeiros, quando necessário.
Monitoramento constante é realizado pela Secretaria Adjunta de Inteligência, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, bem como pela Polícia Judiciária Civil (PJC).
A Patrulha Rural, da Polícia Militar, também atua com apoio. Diariamente, os policiais realizam o monitoramento georreferenciado das propriedades rurais e visitam os moradores, buscando estabelecer um diálogo e promover maior proximidade com os cidadãos locais.