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MATO GROSSO

Autoridades e profissionais discutem direitos das crianças e adolescentes no TJMT

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A abertura do 3º Encontro Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado de Mato Grosso ocorreu na tarde desta segunda-feira (27 de maio) e contou com a presença de autoridades do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e do Ministério Público Estadual (MPMT), além de promotores (as), magistrados (as), advogados (as), servidores (as), conselheiros (as) tutelares e demais profissionais das diversas áreas que atuam com crianças e adolescentes. O evento está sendo realizado no auditório Gervásio Leite, do Tribunal de Justiça, e segue durante toda a terça-feira (28).
 
Nos dois dias, estão sendo debatidos temas ligados à violência contra crianças e adolescentes nas mais diversas formas e ações desenvolvidas e em desenvolvimento em todo o país. Dentre os temas estão exploração sexual virtual de crianças e adolescentes, a Lei Henry Borel, e programas, projetos, campanhas de adoção e acolhimento.
 
A presidente do TJMT, Clarice Claudino da Silva, afirmou que o Encontro foi idealizado para ser fruto de uma parceria porque é com a junção de vários olhares que se pode fazer um movimento cada vez mais forte de proteção às crianças, “especialmente no campo da agressão sexual e de todos os desvios de comportamento (dos agressores) que podem atingir as crianças”.
 
Durante seu pronunciamento de abertura, a desembargadora falou sobre como a educação dos filhos é ainda encarada de uma forma conservadora pela maioria dos brasileiros e a importância de desenvolver diálogos para que as pessoas compreendam as mudanças sociais.
 
“Fazemos parte de uma geração em que a educação dos filhos era baseada na repressão e era autorizada a violência física e/ou psicológica. E é nesse cenário que muitos de nós brasileiros ainda nos encontramos, por incrível que pareça. (…) As pessoas ainda entendem que educar filhos é papel reservado e autônomo de cada uma delas, quando nós sabemos que o Estado tem o dever de proteção, que nos autoriza a todos a intervir em situações que estejam sendo violados esses direitos. Muitos ainda fazem desta, uma prática omissiva como se fosse a melhor opção”, afirmou a presidente.
 
O coordenador da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ), juiz auxiliar da presidência do TJMT e coordenador do evento, Túlio Duailibi Alves Souza, disse que o mês de maio é simbólico para a temática e para quem milita na Infância e Adolescência.
 
“Que possamos não perder de vista que a gente que atua nessa temática, boa parte de um futuro promissor dessas crianças passam em nossas mãos. (…) Somos nós do Sistema de Justiça que garantimos a defesa dos Direitos das crianças e adolescentes e não só por garantir, não podemos esquecer que nós devemos incentivar, estimular, apoiar o trabalho em equipe. Aqui não tem como vigorar aquela máxima de cada um no seu quadrado. Acreditar num futuro melhor pressupõe todos dialogando e buscando aquilo que é melhor”, afirmou ele.
 
O procurador de Justiça titular da Procuradoria Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente de Mato Grosso, membro da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Estado de Mato Grosso (Ceja/MT) e coordenador do evento, Paulo Roberto Jorge do Prado, disse que é preciso trabalhar em conjunto para proteger as crianças e adolescentes.
 
“Nós temos que trabalhar juntos. A causa da criança e adolescente em questão de minutos, nós podemos salvar uma vida ou perpetuar uma violência. Em maio temos três eventos e estamos há três anos trabalhando juntos. Que estejamos verdadeiramente juntos juízes, promotores, defensores, advogados, conselheiros tutelares, a rede de proteção enxergando essas crianças como iguais, como semelhantes”, disse ele, que se emocionou ao comentar sobre o depoimento de uma criança vítima de abuso sexual.
 
O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete da Cruz Junior, afirmou que a realidade da violência contra crianças e adolescentes exige de toda a sociedade, mas especialmente do Sistema de Justiça, ações articuladas e eficientes e o tema tratado como prioridade.
 
“Não podemos fechar os olhos para problema de tamanha magnitude e que impõem tantos desafios, pois estamos tratando de direitos fundamentais. Muitas crianças estão expostas a situações que as impedem de construir um futuro digno. É um desafio enorme que se apresenta para nossas instituições, daí a necessidade de conjugarmos todos os esforços possíveis para transformarmos esse cenário, trabalhando de maneira coordenada seremos mais eficientes e resolutivos. A proteção a crianças e adolescentes está entre as prioridades estabelecidas pelo nosso planejamento estratégico e no escopo da área finalística da defesa da criança e adolescente”, afirmou ele.
 
Participaram da cerimônia de abertura do evento também a vice-presidente do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip; o corregedor-geral do TJMT, desembargador Juvenal Pereira da Silva; o vice-presidente da Comissão Estadual Judiciária de Adoção de Mato Grosso (Ceja/MT), desembargador Paulo da Cunha; diretora-geral da Esmagis-MT, desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos; corregedor-geral do MPMT, João Augusto Veras Gadelha; juíza auxiliar da Corregedoria, Christiane da Costa Marques Neves; Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, coordenador do Ceaf, Escola Institucional do MPMT; advogada Tatiane de Barros Ramalho, da Comissão a secretária geral da Ceja, Elaine Zorgetti Pereira, presidente da Coordenadoria da Infância e Juventude da OAB-MT e representante do Conselho Federal Da OAB, Tatiane Barros Ramalho; juiz coordenador das atividades pedagógicas da Esmagis-MT; diretora do Foro da Comarca de Cuiabá, Edileuza Zorgetti Pereira; diretora-geral do TJMT, Euzeni Paiva de Paula, e avice-diretora, Claudenice Deijany Farias de Costa.
 
O evento é uma realização conjunta do MPMT, por meio da Procuradoria de Justiça Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), Escola Institucional do MPMT e do Poder Judiciário, com apoio da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis), da Comissão Estadual Judiciária de Adoção de Mato Grosso (Ceja) e da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ). As Corregedorias do MPMT e do Judiciário também apoiam a iniciativa.
 
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual. Descrição das imagens – Foto 1: A imagem panorâmica mostra o palco onde se vê o telão com os dizeres: Contribuições do Conselho Nacional de Justiça para garantia dos direitos das crianças e adolescentes, as bandeiras do Brasil, Mato Grosso e do TJMT, no lado esquerdo do palco. À frente está sentada a palestrante, falando ao microfone. Ela é uma mulher de pele clara, cabelos loiros, lisos e curtos e usa óculos. Ela veste um vestido longo bege. No meio do palco pode-se ver um arranjo de flores coloridas e do lado direito, uma mesa onde estão sentados o juiz auxiliar da presidente do TJMT, Tulio Duailibi, vestindo terno azul marinho e a juíza auxiliar da Corregedoria Geral do TJMT, Christiane da Costa Marques Neves, usando um vestido vermelho.
 
Marcia Marafon/ Fotos: Ednilson Aguiar
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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