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MATO GROSSO

Curso de programador ofertado pela Seciteci atende demanda do Estado no setor de tecnologia

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O curso de programador de sistemas ofertado pelo Governo de Mato Grosso, via Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), em parceria com a Unemat, atende à demanda por profissionais qualificados no setor de tecnologia, para atuação tanto na administração pública quanto pelo mercado privado. Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, a projeção é que o setor deve demandar mais de 400 mil vagas até 2025.

A avaliação foi feita pelo secretário da Pasta, Allan Kardec, durante a aula inaugural realizada na noite desta terça-feira (21.03), no Teatro da Universidade Federal de Mato Groso (UFMT). O evento contou com a presença de 270 alunos.

“O Governo do Estado tem percebido a falta de mão de obra qualificada em diversos setores, e, a partir disso, o governador Mauro Mendes teve apresentou essa ideia inovadora para a Seciteci. Estamos em uma nova fase de governo e o Estado faz questão de investir esse recurso na capacitação para alta performance, pois sabemos que esse investimento impacta diretamente na política de emprego e renda da nossa população”, observou Allan Kardec. 

A reitora da Unemat, Vera Maquêa, acrescentou, por sua vez, que o curso ofertado pela Seciteci é propulsor para que Mato Grosso venha a ser, em breve, produtor de tecnologia e não apenas consumidor.

“A palavra-chave é o futuro. Nós vivemos uma época em que não conseguimos fazer nada sem as tecnologias digitais. Hoje nós no Brasil somos consumidores de tecnologia, mas o que vocês vão aprender é a serem produtores de tecnologia e inovação. Aproveitem esse curso. Quem sabe daqui a pouco vamos ter um Estado dando exemplo na formação de profissionais das áreas de tecnologia da informação”, incentivou a reitora.

A afirmativa vai ao encontro da observação do diretor do Instituto de Computação da UFMT, Jean Caminha, que ressaltou a importância da tecnologia para o futuro. 

“Nós vivemos agora uma revolução tecnológica, semelhante ao que aconteceu com a energia elétrica e com a internet. Está começando agora a revolução tecnológica, baseada na inteligência artificial, e nós precisamos entender esse negócio, interagir melhor com as máquinas e essa inteligência para sermos mais produtivos, eficientes, para gerar mais riqueza e desenvolvimento”, manifestou.

Demanda profissional
De acordo com coordenador do curso, Robson Gomes de Melo, embora o déficit anual de profissionais da tecnologia no Brasil seja, atualmente, de 159 mil profissionais, apenas 53 mil estudantes se formam na área por ano. Ele citou os dados para chamar atenção sobre o “tamanho das oportunidades” no mercado de trabalho.

As possibilidades diante da demanda do mercado têm chamado a atenção, e atraído alunos de diferentes perfis. Isabel Dranka, de 33 anos, por exemplo, é professora de Química da Secretaria de Estado de Educação e, agora, uma das alunas do curso de programação.

“É um curso para qualificar a mão de obra boa, para o próprio Estado, sem ter que ficar absorvendo trabalhadores de fora”, observou. “Mesmo sendo de curta duração, sendo 360 horas intensivas, a ideia do curso é que ele seja de alto padrão. Nós temos expectativa extremamente altas, que ele flua e a gente consiga daqui sendo programadores”, comentou.

Estudante do curso de Ciências da Computação da UFMT, Érick Rodrigues da Costa, de 19 anos, também foi um dos que se inscreveu para a qualificação ofertada pela Seciteci. “É um desafio grande, porque eu já estudo em período integral na faculdade, mas felizmente consegui ser selecionado. Minha expectativa é descobrir a área que eu vou atuar profissionalmente”, observou.

Aline Ayumi Nakazawa, de 19 anos, também cursa Ciências da Computação na UFMT e se inscreveu para o curso de programador de sistemas. 

“Pensei que seria uma boa oportunidade de melhorar os horizontes, porque é melhor para o futuro, para minha carreira como profissional. É uma boa oportunidade para outras pessoas que pretendem seguir a carreira de TI. Tem muita demanda, estão precisando de mais pessoas na Computação e esta é uma oportunidade para elas aprenderem mais”, avaliou.

Seleção e curso
A qualificação ofertada pela Seciteci prevê carga total de 360 horas, por 6 meses, em linguagens de programação JavaA, Genexus e Nodejs/React para 270 alunos, em três turmas nos períodos manhã, tarde e noite, com laboratórios na UFMT e na Seciteci Alta Performance.
 
Os professores para a formação serão das instituições públicas de educação da Unemat, UFMT e professores do mercado, programadores e especialistas. Já a inscrição, seleção e classificação dos alunos foi realizada no final de 2022, sendo que foram recebidas mais de 5 mil inscrições.

Os alunos selecionados para o curso de programador receberam um kit de duas camisetas, garrafa personalizada e uma bolsa, além de terem à disposição material didático para uso em laboratório montado na UFMT e na Seciteci Alta Performance, como lousa digital.

Os 50 alunos com melhores desempenho no curso serão selecionados pelo Governo para atuar por um ano no Estado, com remuneração mensal de R$ 6 mil, em parceria com a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Estadual (Faespe). Eles serão direcionados para a MTI e secretarias. A parceria inclui, ainda, a Escola Técnica Estadual de Cuiabá.

Aula inaugural
Estiveram presentes na solenidade o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Allan Kardec, a reitora da Unemat, Vera Maquêa, o diretor do Instituto de Computação da UFMT, Jean Caminha, representando o reitor Evandro Soares, o pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT, maestro Fabricio de Carvalho, o coordenador do curso e do Centro de Inovação Redes Inteligentes e Soluções Criativas da Unemat, professor Robson Gomes de Melo, e o secretário adjunto de Educação Profissional e Superior da Seciteci, Dimorvan Brescancim.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

TJMT mantém prisão de homem que descumpriu medida protetiva contra ex-companheira

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O TJMT manteve a prisão de homem que descumpriu medida protetiva contra ex-companheira, com ameaças de morte. A manutenção da prisão ocorreu no julgamento de recurso de habeas corpus, realizado no dia 5 de novembro pela Primeira Câmara Criminal.  
 
Ao denegar o pedido de habeas corpus, o relator do pedido, desembargador Orlando de Almeira Perri, apontou a necessidade de manter a ordem, diante da possibilidade de o réu descumprir novamente as medidas protetivas concedidas em favor da vítima. 
 
 “Nos casos de violência doméstica, o descumprimento de medida protetiva previamente estabelecida justifica a decretação da prisão preventiva, mesmo que a pena máxima dos crimes imputados seja inferior a quatro anos, tendo em vista a necessidade de resguardar a integridade física e psicológica da vítima”, destacou o magistrado.  
 
A prisão ocorreu no dia 26 de setembro, dois dias após o homem ser notificado da medida protetiva requerida pela ex-companheira e reagir com ameaças à vítima.  Uma delas ocorreu no dia 24 do mesmo mês, ocasião em que o homem foi até a casa onde a ex-companheira estava abrigada e fez ameaças de morte na frente de familiares. O mesmo comportamento foi repetido no dia seguinte e só parou quando a vítima solicitou o apoio da Polícia Militar, que no dia 26 realizou a prisão do acusado. 
 
Para o magistrado relator do habeas corpus, o acusado desrespeitou a ordem judicial que determinava o seu afastamento da vítima. O comportamento “revelou desprezo pela autoridade judicial e a ineficácia de outras medidas cautelares diversas da prisão, o que justifica a aplicação da prisão preventiva, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal”. 
 
O desembargador ainda destacou que ficou constatada a gravidade concreta dos fatos, pois o flagrado não apenas descumpriu a medida protetiva vigente. Além disso, o homem agiu com extrema violência moral, ameaçou a vítima com uma faca e ainda mencionou a possibilidade de chamar uma organização criminosa para intimidá-la.
  
“Esse comportamento evidencia perigo concreto à integridade física e psicológica da vítima, além do risco de reiteração criminosa, especialmente por se tratar de um contexto de violência doméstica […]. Por fim, demonstrado o periculum libertatis que justifica o sequestro corporal preventivo, fica clara a impossibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. […] Com essas considerações, em consonância com o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, denego a ordem de habeas corpus”. 
 
Priscilla Silva 
Coordenadoria de comunicação Social do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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