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Bloco Arquitetos: o legado da arquitetura brasiliense

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Bloco Arquitetos: o legado da arquitetura brasiliense
Caio Barbieri

Bloco Arquitetos: o legado da arquitetura brasiliense

Há 26 anos, durante as andanças na Universidade de Brasília (UnB), três estudantes decidiram se unir por um sonho em comum: criar um escritório de arquitetura e que, não imaginavam, tornar-se-ia, hoje, um dos mais respeitados da capital federal e do Brasil.

Com dezenas de importantes premiações, inclusive internacionais, o patamar alcançado pela sociedade de Daniel Mangabeira, Matheus Seco e Henrique Coutinho, da Bloco Arquitetos, não se concretizou à toa.

As rotinas acadêmicas pelos corredores intermináveis do majestoso Instituto Central de Ciências (ICC), mais conhecido como Minhocão, projeto de Oscar Niemeyer e João Filgueiras Lima (Lelé), de 1963, ajudaram a definir o norte da nova empresa: preservar o legado e as inspirações dos inúmeros nomes que, por meio de suas edificações, fizeram de Brasília uma das maiores obras arquitetônicas do mundo.

“Sempre que fazemos a apresentação fora de Brasília e fora do País, colocamos a nossa cidade como referência. Então, somos, sentimos e gostamos de dizer que somos um escritório com projetos internacionais, mas com essa raiz da cidade onde vivemos”, destaca Daniel Mangabeira, que chegou a presidir o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-DF).

Embora tenha a capital aniversariante como paixão em comum, cada um dos sócios registra uma origem diferente, uma das principais características de quem mora no quadradinho. Mangabeira é nascido em Itabuna (BA) e Matheus Seco, em Niterói (RJ). Henrique Coutinho é o único brasiliense de fato, embora todos sejam de direito.

“Quando falamos em originalidade, falamos na relação com a palavra origem, a nossa origem. Essa raiz que Brasília tem na cultura brasileira e, quando recebemos arquitetos de fora daqui do Brasil eles sentem o impacto quando visitam uma Superquadra da nossa cidade, que foi detalhada no projeto de Lúcio Costa com essa rede de conexão das unidades de vizinhança, que hoje, 64 anos após, se consolidou, o que nos serve como referência, pela simplicidade e economia”, completa Matheus.

Os arquitetos lembram que, pela concepção original da cidade, cada quadra deveria obedecer a algumas regras, já que várias delas foram construídas por uma empreiteira específica e o resultado não poderia destoar do plano original do urbanista que venceu o projeto de Brasília. “Quando observamos as primeiras quadras de Brasília, e o que aconteceu depois, essa unidade inicial se perdeu um pouco porque os lotes foram construídos de forma isolada e cada arquiteto e cada construtora decidiu dar o seu máximo para aparecer ali”, acrescentou Mangabeira.

O foco na concepção defendida por Lucio Costa fez com que o trio do Bloco Arquitetos passasse a criar soluções arquitetônicas que fogem dos porcelanatos e do modismo importado do exterior, para valorizar poucos elementos e, criando um ambiente de luxo e elegância, justamente apostar na simplicidade do conjunto da obra. “O luxo não tem a ver com o material ser caro. A simplicidade tem a sua beleza. As coisas simples podem ser igualmente bonitas também. A beleza do espaço está do jeito que você usa o material e essa simplicidade aplicada é uma coisa que a gente admira muito”, pontua Matheus.

Para Henrique Coutinho, o veterano dos sócios, a decisão de apostar no simples, em poucos materiais e na qualidade de vida para os clientes, reflete no perfil de quem busca os projetos elegantes e, ao mesmo tempo, contemporâneos do trio de arquitetos. “O cliente do escritório, por causa da comunicação que temos feito, direciona os projetos para quem gosta de arquitetura, e que não quer ostentar. Mas nem sempre foi assim. Então, é uma vitória conseguirmos direcionar o nosso trabalho. Entretanto, hoje, é esse cliente que tem noção sobre arquitetura, que gosta, que estuda, que consome, e que acaba nos procurando para realizar esses projetos”, finaliza.

O resultado dessa parceria é de encher de orgulho qualquer cidadão apaixonado por Brasília: o trio de arquitetos já ganhou prêmios internacionais, como o Prix Versailles 2023, categoria Shoppings Malls, com o projeto do Mané Mercado ; foi premiado pela revista britânica Monocle; ficou em 4º lugar na lista do site holandês Archello, com os 25 melhores escritórios de arquitetura no Brasil; e a Casa dos Tijolos Brancos e o Mercado Mané foram vencedores na Categoria Edificações e Projeto do Prêmio IAB 2023 – Seção DF.

@bloco_arq
www.bloco.arq.br/

*Matéria escrita por Caio Barbieri para a revista GPS 39

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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