A ponte de concreto construída pelo Governo de Mato Grosso, ligando os bairros Parque Atalaia, na Capital, e Parque do Lago, em Várzea Grande, será a maior já existente sobre o Rio Cuiabá. Com 390 metros de extensão, a estrutura está 99% pronta.
Com um investimento de R$ 40,4 milhões, a Ponte do Parque Atalaia será a sexta ligando Cuiabá e Várzea Grande. Há outra passagem entre os municípios sendo construída pelo Estado, em parceria com Governo Federal, no Contorno Norte do Rodoanel.
O Governo de Mato Grosso trabalha, atualmente, na implantação dos acessos até a ponte, com investimento de R$ 31,3 milhões. Estão sendo asfaltadas duas vias nos dois lados do rio, totalizando 3,29 km de extensão. O acesso é construído, no lado de Cuiabá, a partir da Avenida P, principal avenida do Parque Atalaia, que pode ser acessada a partir da Avenida Palmiro Paes de Barros.
Já no lado de Várzea Grande, o acesso será a partir da Avenida São Gonçalo, no Parque do Lago, que liga diretamente à Avenida Murilo Domingos, antiga 31 de março. Também haverá uma alça para acessar a Alameda Júlio Müller, que margeia o Rio Cuiabá, até a Avenida da FEB.
Em Cuiabá, as máquinas já estão asfaltando alguns trechos e construindo calçadas em outros. Já no lado de Várzea Grande, o trabalho de terraplanagem e drenagem da pista foi retomado após serem solucionados problemas envolvendo um emissário de esgoto que interferia no trajeto da ponte.
Desta forma, a nova ponte será importante para desafogar o trânsito na região do Coxipó, principalmente na Avenida Beira Rio e na ponte Sergio Motta. Além disso, a região do entorno da ponte tem cerca de 100 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A obra foi licitada em 2013 e iniciada em 2018, sem ter um projeto de como os motoristas poderiam acessar a estrutura. Agora a expectativa é terminar as obras no segundo semestre deste ano.
Outras ligações sobre o Rio Cuiabá
Das pontes sobre o Rio Cuiabá já existentes, as maiores são a ponte Sérgio Motta, que têm 327 metros de extensão, e a ponte Juscelino Kubitschek, localizada na Rodovia dos Imigrantes, que tem 300 metros e será duplicada pela concessionária Nova Rota do Oeste, administrada pela MT Par.
Há ainda as pontes da Mário Andreazza com 227 metros e Júlio Müller, com 224 metros, além da Ponte Nova, com 140 metros. As duas pontes do Rodoanel terão 230 metros.
Tem outras duas pontes de concreto sobre o Rio Cuiabá fora da capital. Uma com 260 metros na MT-246, em Acorizal, e outra com 220 metros na MT-010, em Rosário Oeste. Outras pontes foram construídas sobre o Rio Cuiabazinho, curso d’água que se junta com o Rio Manso para formar o Rio Cuiabá.
“O Estado de Mato Grosso tem feito, em especial nos últimos anos, uma atuação expressiva e significativa na atenção às pessoas egressas do sistema prisional, como a implantação dos Escritórios Sociais, qualificação e composição de equipes”, afirmou a diretora de Cidadania e Políticas Alternativas do Governo Federal, Mayesse Silva Parizi durante o Encontro Nacional da Política Nacional de Atenção à Pessoa Egressa do Sistema Prisional (PNAPE), realizado nesta quinta-feira(07.11), em Cuiabá,
De acordo com Parizi, a escolha de Cuiabá para sediar esse evento foi estratégica, dada a relevância das ações desenvolvidas como parte do Sistema Prisional pelo Governo de Mato Grosso, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Conforme balanço apresentado pela Fundação Nova Chance (Funac), órgão responsável pela assistência e reinserção social de pessoas em privação de liberdade e deixando a prisão, somente em 2024, até o mês de outubro, o Governo intermediou a contratação de cerca de cinco mil pessoas privadas de liberdade e egressos.
Atualmente, existem 266 contratos ativos com cerca de 250 órgãos públicos e empresas privadas mato-grossenses que empregam mão de obra de trabalhadores privados de liberdade e egressos do sistema prisional.
Durante o encontro, o secretário adjunto de Segurança Pública, Coronel PM, Héverton Mourett de Oliveira, lembrou que os resultados alcançados pela atual gestão só foram possíveis a partir da união dos esforços do Poder Executivo com o Judiciário, Ministério Público, Defensoria, prefeituras e outras instituições públicas e privadas.
“Essa melhoria ocorreu porque foi possível compartilhar os desafios e somar esforços com outros órgãos para que pudéssemos enfrentar a questão da reinserção social”, destaca Mourett.
De acordo com o coronel Mourett, para que isso possa acontecer as instituições e os poderes trabalham para criar normativas e novas estruturas que permitem atender melhor aqueles que estão em iminência de deixar a prisão e os que já estão em liberdade e necessitam do suporte do poder público e da sociedade para voltar ao mercado de trabalho e assegurar renda para si e suas famílias.
O secretário adjunto da Administração Penitenciária, Jean Gonçalves, citou os avanços para abertura de mais vagas e modernização das unidades prisionais do Estado, onde começa o processo de ressocialização das pessoas privadas de liberdade.
Conforme dados da Sesp, entre 2029 e 2023, o Governo de Mato Grosso investiu R$ 300 milhões em obras e reforma das unidades prisionais. Como resultado desses investimentos, o levantamento anual do Governo Federal, este ano apresentado em outubro, Mato Grosso possui 12.988 vagas para 12.856 presos em 41 unidades prisionais. O superávit é de 132 vagas. “Houve investimento massivo na construção de vagas em um primeiro momento, para que posteriormente pudéssemos oferecer oportunidade de trabalho, educação, curso profissionalizante”, pontuou.
“Muitos estados fecham as portas para os órgãos fiscalizadores. Aqui fizemos diferentes, nós abrimos as portas para que seja possível buscar solução para os problemas encontrados. Essa é a nossa metodologia em Mato Grosso, nós temos um trabalho coeso entre os poderes, cada um dentro da sua atribuição”, acrescentou Jean Gonçalves.
Nova Chance
Durante o encontro, o presidente da Fundação Nova Chance, Winkler Freitas, instituição responsável pelo atendimento a pessoas egressas e sua família, detalhou a atuação da instituição e fez um balanço dos números alcançados desde o início do ano.
Freitas explicou que em 2020, a partir da união dos Poderes Executivo, Judiciário e outras instituições públicas foram instituídos os Escritórios Sociais, que funcionam como um braço da Funac no atendimento e intermediação da mão de obra de egressos e pré-egressos do Sistema Penitenciário com empresas privadas e órgão públicos.
Desde então, são 10 escritórios funcionando em Cuiabá em cidades como Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças, Sorriso, Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde.
Encontro Regional
Além de Mato Grosso, o evento reuniu autoridades dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e de Brasília, que discutiram temas como: a Implementação da PNAPE, Espaço de reintegração social da pessoa egressa e seus familiares; Metodologia de Gestão dos Serviços Especializados e inserção entre gênero e raça, Políticas Públicas para trabalho e inclusão produtiva da pessoa egressa e seus familiares.