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Economia

Copom mantém taxa Selic em 13,75%, mas sinaliza redução em maio

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Banco Central mantém taxa Selic no mesmo patamar pela sexta vez consecutiva
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Banco Central mantém taxa Selic no mesmo patamar pela sexta vez consecutiva

O Comitê de Políticas Econômicas do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira (22) em manter a taxa básica de juros em 13,75%, o maior patamar desde novembro de 2016. Essa é a sexta vez em que o BC mantém a Selic na atual porcentagem.

A decisão de manter a taxa juros em patamares altos acontece em meio à pressão do Palácio do Planalto para que o BC reduza drasticamente a Selic. As críticas da cúpula petista não surtiram efeito neste momento, mas podem impactar na próxima.

No comunicado, o Copom informou que considera alterar a taxa de juros na reunião entre os dias 2 e 3 de maio. Porém, a redução dos juros dependerá da aceitação pelo novo arcabouço fiscal do governo e da situação econômica do país no próximo mês.

O estrategista-chefe da Nomos, Rodrigo Correa, afirma que ainda não há ações do governo para segurar a inflação e, por isso, a Selic não pode ser reduzida. Correa ainda lembra dos gastos do governo, que pressionam o índice inflacionário.  

“O fato é que toda essa taxa de juros alta que temos hoje, conseguimos domar a inflação que estava em dois dígitos. Mas as últimas leituras da inflação são mistas e existe uma tendência de reaceleração da inflação, por isso, do ponto de vista técnico, não existe espaço para reduzir os juros”, explica.

Críticas da cúpula petista

O Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, têm sido alvo de críticas por parte da cúpula petista, principalmente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para o Palácio do Planalto, os juros estão “extremamente elevados” e não condizem com a realidade brasileira.

Além de Lula, a deputada federal Gleisi Hoffman e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também criticaram as ações do BC. O último a tecer críticas à Selic foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que classificou a taxa básica de juros, a Selic, como “exageradamente elevada”. Para Haddad, há espaços para corte nos juros.

“O Brasil está em uma situação favorável em relação aos seus vizinhos e ao resto do mundo. Nós não temos problemas geopolíticos, como a Ásia e a Europa, nossa inflação está mais controlada que no resto do mundo. Nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes, num momento em que a economia brasileira pode e deve decolar”, disse Haddad em seminário do BNDES na última terça-feira (22).

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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