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MUNDO

Irlanda, Espanha e Noruega anunciam reconhecimento do Estado palestino

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Irlanda, Espanha e Noruega anunciaram nesta quarta-feira (22) que reconhecerão um Estado palestino na próxima terça-feira (28), dizendo que esperam que outros países ocidentais sigam o exemplo. O posicionamento político levou Israel a retirar seus embaixadores nestes países.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que a medida tem como objetivo acelerar os esforços para garantir um cessar-fogo na guerra de Israel contra o Hamas, em Gaza.

“Esperamos que nosso reconhecimento e nossas razões contribuam para que outros países ocidentais sigam esse caminho, porque quanto mais formos, mais força teremos para impor um cessar-fogo, para conseguir a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e para relançar o processo político que pode levar a um acordo de paz”, disse ele em um discurso na câmara baixa do país.

Israel iniciou sua guerra em Gaza em retaliação a um ataque perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro, que matou 1,2 mil pessoas e fez mais de 250 reféns, de acordo com os cálculos israelenses. As operações de Israel no enclave já mataram mais de 35 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

A Espanha e seus aliados passaram meses fazendo lobby junto às nações europeias, incluindo França, Portugal, Bélgica e Eslovênia, para obter apoio ao reconhecimento de um Estado palestino.

“Hoje, a Irlanda, a Noruega e a Espanha estão anunciando que reconhecem o Estado da Palestina”, disse o primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, em uma coletiva de imprensa em Dublin.

“Cada um de nós agora tomará as medidas nacionais necessárias para dar efeito a essa decisão.”

Harris acrescentou que a Irlanda é inequívoca no reconhecimento total de Israel e de seu direito de existir “com segurança e em paz com seus vizinhos”, e pediu que todos os reféns em Gaza sejam imediatamente devolvidos.

Em Oslo, o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, disse que a única alternativa para uma solução política entre israelenses e palestinos é “dois Estados vivendo lado a lado em paz e segurança”.

Chamada de embaixadores

Em resposta aos anúncios, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, ordenou o retorno imediato dos embaixadores israelenses nos três países envolvidos para consultas e alertou sobre outras “graves consequências”.

“Estou enviando uma mensagem clara hoje: Israel não será complacente com aqueles que minam sua soberania e colocam em risco sua segurança”, disse ele.

Na diplomacia, quando um país convoca de volta seu representante em outra nação é um sinal de que as relações entre os dois países foram seriamente afetadas.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que também repreenderia os embaixadores da Irlanda, Espanha e Noruega em solo israelense e mostraria a eles um vídeo de mulheres reféns mantidas em cativeiro pelo Hamas.

Israel argumenta que a única maneira de obter a condição de Estado palestino é por meio de negociações e que contornar esse processo daria ao Hamas e a outros grupos militantes um incentivo para usar a violência.

Cerca de 144 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas já adotaram essa medida, incluindo a maioria dos países do sul global, Rússia, China e Índia, mas apenas alguns dos 27 membros da União Europeia o fizeram até agora, sendo a Suécia a primeira em 2014. O Reino Unido e a Austrália indicaram nos últimos meses que poderiam seguir o exemplo em breve.

Os palestinos buscam a condição de Estado na Cisjordânia ocupada por Israel e na Faixa de Gaza, tendo Jerusalém Oriental como capital.

O aliado mais fiel de Israel, os Estados Unidos, vetou no mês passado uma tentativa de reconhecimento pelas Nações Unidas de um Estado palestino, argumentando que uma solução de dois Estados só pode vir de negociações diretas entre as partes.

*Reportagem adicional de Nerijus Adomaitis, Gwladys Fouche e Emma Pinedo

Fonte: EBC Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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