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Líder Supremo e Presidente: saiba como funciona ordem de poder no Irã

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Foto do presidente iraniano Ebrahim Raisi em 2 de abril de 2024

Foto do presidente iraniano Ebrahim Raisi em 2 de abril de 2024

A Constituição iraniana estabelece um procedimento claro para a sucessão presidencial em caso de falecimento do presidente em exercício, como ocorreu nesta segunda-feira (20), após o helicóptero de Ebrahim Raisi cair e provocar sua morte . Nesses casos, o primeiro vice-presidente assume temporariamente, sujeito à aprovação do Líder Supremo.

Além disso, a Carta Magna determina que os três principais chefes dos poderes da república – o vice-presidente, o presidente do parlamento e o chefe do poder judiciário – devem coordenar uma eleição para escolher um novo líder dentro de 50 dias após o vice-presidente assumir interinamente.

O primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber, está aguardando a aprovação do Líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, para assumir o cargo. Fontes oficiais indicaram que Mokhber estava a caminho do local onde o helicóptero do presidente caiu.

Como funciona a relação de poder

O Líder Supremo do Irã desempenha um papel crucial como árbitro final dos assuntos internos e externos na República Islâmica, assumindo autoridade até mesmo sobre os poderes do presidente.

Diferentemente de seu antecessor, o presidente moderado Hassan Rouhani, Ebrahim Raisi construiu uma estreita aliança com Khamenei.

Apesar da complexidade do organograma de comando do Irã, grande parte do poder recai sobre uma figura central – a do líder supremo. No entanto, o sistema político do país é intrincado, envolvendo diversas autoridades com papéis específicos na tomada de decisões e na governança do Estado. Entenda o papel de cada um:

O Líder Supremo

Este é o ápice da estrutura de poder político do Irã. Inspirado nas ideias do aiatolá Ruhollah Khomeini, o primeiro a ocupar esse cargo e uma figura central na revolução iraniana, o líder supremo detém uma autoridade máxima. Até agora, apenas duas pessoas ocuparam este posto: Khomeini e o atual líder, o aiatolá Ali Khamenei, desde 1989.

Além de ser o chefe de Estado, é também a máxima autoridade política e religiosa do país, com um mandato vitalício. Suas atribuições incluem nomear pessoas para postos importantes, como o chefe do Poder Judiciário e os diretores da rádio e da TV estatais, além de questões relacionadas à segurança, defesa e política externa.

O Presidente

Esta é como a segunda maior autoridade do país pela Constituição, o presidente é o chefe do Poder Executivo. No entanto, seus poderes são limitados pela estrutura de poder do Irã e pela autoridade do líder supremo. Candidatos à presidência são investigados pelo Conselho de Guardiões, que pode vetar aspirantes ao cargo.

Hassan Rouhani, estava no cargo desde 2013, embora tenha sido o único presidente iraniano que não era clérigo. Rouhani é considerado um “moderado” e já criticou abertamente o sistema iraniano, algo incomum para um presidente.

Conselho de Guardiões

Esta é a organização mais influente do Irã, composta por 12 membros, seis clérigos especialistas em jurisprudência islâmica e seis juristas. O conselho é responsável por ratificar projetos de lei, vetar candidatos em eleições e supervisionar a conformidade com a Constituição e a lei islâmica. Seus membros são nomeados pelo líder supremo e pelo chefe do Poder Judiciário, que por sua vez é designado pelo líder supremo.

A Guarda Revolucionária

É uma importante força militar, política e econômica do Irã, subordinada ao líder supremo. Com cerca de 150 mil membros ativos, a Guarda Revolucionária possui suas próprias divisões e é responsável pela defesa das fronteiras e pela manutenção da ordem interna. Sua unidade de operações no exterior, a Força Quds, é responsável por operações militares fora do país e tem grande influência em outras partes do Oriente Médio.

Essas autoridades desempenham papéis distintos, mas interligados, no sistema político do Irã, cada uma contribuindo para a governança e para a tomada de decisões no país.

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Fonte: Internacional

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Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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