A confirmação da morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi , nesta segunda-feira (20), após um acidente envolvendo um helicóptero do comboio presidencial que sobrevoava uma área na fronteira com o Azerbaijão, instaura Mohammad Mokhber, até então primeiro vice-presidente, com a responsabilidade de liderar a nação até que ocorra uma nova eleição, como divulgado pelo “New York Times”.
Mokhber, conhecido por suas convicções conservadoras, assume o papel de liderança aos 69 anos, tendo sido nomeado como vice-presidente por Raisi no ano de 2021. Sua formação inclui um doutorado em direito internacional e uma longa trajetória à frente da Execução da Ordem do Imam Khomeini (EIKO), uma entidade sob a direta supervisão do líder supremo iraniano. Seu histórico, destacado no portal oficial do governo, inclui contribuições fundamentais para a criação da Fundação Barakat e para o desenvolvimento da primeira vacina iraniana contra a Covid-19 durante a pandemia.
Nascido em Dezful, Mokhber, filho de um clérigo, acumulou experiência no setor financeiro, chegando a liderar um banco iraniano por aproximadamente uma década antes de seu papel na EIKO. Sua habilidade em questões financeiras o catapultou ao cargo de segundo em comando no governo de Raisi, embora sua experiência política anterior se limite a um breve mandato como vice-governador da província de Khuzistão.
Em 2021, Mokhber foi alvo de sanções por parte da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos devido ao seu envolvimento com a EIKO. Autoridades americanas alegam que a organização violou repetidamente os direitos dos dissidentes ao confiscar propriedades de opositores do regime, incluindo minorias religiosas e iranianos exilados.
Os Estados Unidos também associaram Mokhber ao esforço de implementar uma “economia de resistência” em apoio ao líder supremo iraniano, um movimento criticado por autoridades americanas como uma perpetuação do sistema corrupto controlado pela elite iraniana.
Além de suas funções como primeiro vice-presidente, Mokhber também desempenha um papel importante no Conselho Supremo de Segurança Nacional, além de assumir responsabilidades relacionadas às finanças do governo. Ele emergiu como um destacado porta-voz do governo iraniano em meio ao conflito entre Israel e o Hamas, financiado pelo Irã.
No mês passado, após um ataque israelense ao consulado iraniano na Síria, Mokhber transmitiu à agência de notícias estatal:
“Não estamos buscando aumentar as tensões, mas responderemos com firmeza se o regime sionista cometer outro erro.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.