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Agronegócio

90 Anos de Regulamentação da Profissão de Engenheiro Agrônomo no Brasil

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Por Isan Rezende | Presidente do Instituto do Agronegócio

No cenário econômico contemporâneo do Brasil, onde o agronegócio desempenha um papel central, a profissão de Engenheiro Agrônomo, da qual eu orgulhosamente faço parte, se torna cada vez mais crucial. A renda gerada pelo agronegócio brasileiro, projetada para alcançar, agora em 2023, a impressionante marca de R$ 1 trilhão – R$ 647 bilhões do setor agrícola e R$ 350 bilhões da pecuária -, deve muito a esses profissionais.

Os Engenheiros Agrônomos desempenham um papel vital em todas as etapas da produção agrícola, contribuindo de maneira significativa para a eficiência, produtividade e sustentabilidade do setor, promovendo práticas agrícolas inovadoras, impulsionando o crescimento e a competitividade do agronegócio.

Ao longo dos últimos 90 anos, desde a regulamentação da profissão em 12 de outubro de 1933, esses profissionais desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento de tecnologias e na expansão das fronteiras agrícolas do Brasil. Sua contribuição para o aumento da produção de alimentos e a geração de riqueza para a sociedade é inegável.

A versatilidade dos Engenheiros Agrônomos é notável. Eles supervisionam todos os estágios dos processos produtivos agrícolas, desde o planejamento da safra até as etapas de pós-colheita e comercialização dos produtos agrícolas. O sucesso ou fracasso de uma safra frequentemente depende das decisões estratégicas desses profissionais, que abrangem insumos, sementes, manejo e cuidados necessários para o cultivo das lavouras.

A capacidade de aumentar a produtividade agrícola do país está diretamente relacionada ao trabalho dedicado e competente dos Engenheiros Agrônomos. Eles combinam conhecimentos adquiridos durante sua formação acadêmica com a experiência prática para otimizar a produção. Seu trabalho é essencial para aprimorar e impulsionar a produção agrícola, por meio da aplicação de tecnologias de agricultura de precisão, contribuindo para o crescimento econômico do Brasil e o progresso dos agricultores.

Além disso, esses profissionais desempenham um papel vital na busca por práticas agrícolas mais sustentáveis. Através de pesquisas extensivas, eles desenvolvem soluções, como defensivos menos prejudiciais ao meio ambiente e sistemas de manejo integrado de pragas. Trabalham no desenvolvimento de técnicas de manejo do solo, manejo de nutrientes e melhoramento genético das plantas, tudo com foco na otimização dos recursos naturais e na proteção do meio ambiente.

Na era da agricultura de precisão, os Engenheiros Agrônomos estão na vanguarda da inovação. Eles desenvolvem softwares e aplicativos para maquinário agrícola, fazem uso de sistemas de posicionamento global (GPS) e computadores para mapear a fertilidade do solo, aplicar nutrientes de acordo com as necessidades específicas de cada área e planejar cada etapa da produção agrícola. Esse avanço tecnológico aumenta significativamente a eficiência e a produtividade no campo.

A contribuição desses profissionais não se limita apenas ao campo. Seus esforços e conhecimentos são cruciais para o desenvolvimento econômico do Brasil, contribuindo para o crescimento do setor agrícola e a competitividade no mercado global. A pesquisa e o desenvolvimento liderados por esses profissionais colocaram o Brasil no cenário da agricultura moderna e sustentável.

Enquanto celebramos 90 anos de regulamentação da profissão de Engenheiro Agrônomo no Brasil, é importante reconhecer o impacto positivo que esses profissionais têm na economia, no meio ambiente e na sociedade como um todo. Seu compromisso com a inovação, a eficiência e a sustentabilidade é essencial para garantir que o Brasil continue sendo uma potência agrícola mundial e possa atender às crescentes demandas por alimentos de forma responsável e eficaz.

Com aproximadamente 150 mil Engenheiros Agrônomos em atuação no Brasil, a profissão continua atraindo um grande número de profissionais, principalmente devido à vasta extensão de terras dedicadas à agricultura no país. Os Agrônomos são altamente valorizados por sua capacidade de capacidade de planejar, liderar e executar uma ampla gama de serviços essenciais para o setor agrícola. Eles desempenham papéis cruciais em diversas áreas da engenharia rural, desde o desenvolvimento de máquinas e implementos agrícolas até a gestão de projetos de irrigação e drenagem, construção de estruturas rurais, geodésia, topografia, sensoriamento remoto e geoprocessamento.

Na área da ciência do solo, os agrônomos também têm um papel fundamental. Eles estudam a gênese, morfologia, classificação, fertilidade, biologia, microbiologia, uso, manejo e conservação do solo. Essa expertise permite que eles desenvolvam práticas de manejo do solo que preservam sua qualidade e fertilidade, garantindo a sustentabilidade das atividades agrícolas.

Os Engenheiros Agrônomos também desempenham um papel relevante na dimensão socioeconômica, promovendo a organização e o bem-estar das comunidades rurais. Eles desenvolvem ações que visam melhorar as condições de vida das populações locais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das regiões agrícolas.

Na era da sustentabilidade, esses profissionais se destacam na gestão ambiental, envolvendo-se na concepção e implementação de políticas e práticas que visam à conservação dos recursos naturais e à redução dos impactos ambientais. Além disso, contribuem para o resgate e a valorização do etnoconhecimento, integrando saberes tradicionais às abordagens científicas modernas.

Com suas habilidades técnicas, capacidade de inovação e compromisso com a sustentabilidade, o Engenheiro Agrônomo está preparado para enfrentar os desafios crescentes e continuar contribuindo para o desenvolvimento. Enquanto celebramos os 90 anos de regulamentação da profissão de Engenheiro Agrônomo no Brasil, reforçamos a importância dessa profissão no cenário nacional e internacional, moldando um futuro mais promissor para nossa profissão.

Parabéns a todos os Agrônomos do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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