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Política Nacional

8/01: Meu pai não mandou ninguém ir às ruas, diz Eduardo Bolsonaro

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O deputado Eduardo Bolsonaro
Reprodução/Flickr – 23.07.2023

O deputado Eduardo Bolsonaro


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) tentou aliviar a situação do seu pai no possível envolvimento nos atos golpistas que ocorreram nos acampamentos nos quartéis e também no dia 8 de janeiro . Segundo o parlamentar, o ex-presidente Jair Bolsonaro “não mandou ninguém ir às ruas”.

“Ele [Jair Bolsonaro] não mandou ninguém ir para as ruas. Se ele fala ‘Vai pra casa’ é porque ele tem uma liderança naquele pessoal e aí vincula o presidente em todo esse problema. É o que a esquerda mais quer”, falou Eduardo nesta sexta-feira (17) ao ser entrevistado pelo programa Pânico da Jovem Pan.

“Com o ex-presidente nos EUA, você não tem como dizer que ele arquitetou ou organizou alguma coisa. Ele tava até fora do país quando aconteceu tudo isso [ato golpista de 8 de janeiro]”, acrescentou.

Porém, após as eleições de 2022, o perfil Bolsonaro.TV, do Instagram, postou mensagens cifradas, o que motivou milhares de bolsonaristas a irem às ruas protestarem de forma antidemocrática. A principal pauta era que o STF fosse fechado, os ministros presos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomasse posse e Bolsonro seguisse no cargo.

Além disso, o antigo chefe do Executivo federal ficou em silêncio durante um bom tempo e, os poucos momentos que se manifestou, não teve um discurso claro para que seus apoiadores deixassem os quartéis.

Outro fato que coloca o ex-presidente e seus filhos na mira da Justiça é a organização do ato terrorista de 8 de janeiro. Ônibus foram fretados para levar milhares de bolsonaristas a Brasília para que os prédios dos Três Poderes fossem invadidos. Houve convocação em grupoo do Telegram e todos tinham consciência que poderiam ocorrer confrontos com a polícia.

Bolsonaro segue nos EUA

O ex-presidente viajou para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro do ano passado e pretendia voltar no fim de março. Porém, com o ato de 8 de janeiro, ele cogitou atrasar seu retorno para o Brasil, planejando deixar os EUA apenas no fim do primeiro semestre.

Só que ele recebeu a informação do seu médico que precisava passar por um novo procedimento cirúrgico e isso só pode ser feito no Brasil. Ao ter a garantia de aliados que o Supremo não determinaria sua prisão, Bolsonaro planejou voltar no dia 15 de março.

Porém, o escândalo das joias da Arábia Saudita fez com que ele reavaliasse novamente o seu retorno. Ele agora não tem uma data definida para pisar em solo brasileiro.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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