Até o final desta quarta-feira (15), 70% da população da Faixa de Gaza estará sem acesso a água potável, de acordo com a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). A situação se dá porque a região não tem combustível para tratar água nem para distribuir água potável a toda a população.
Em comunicado emitido nesta quarta-feira, o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, afirmou que a agência recebeu hoje pouco mais de 23 mil litros de combustível. Segundo ele, essa quantidade é suficiente apenas para que caminhões transportem a pouca ajuda humanitária que consegue entrar pelo Egito.
“Este combustível não pode ser utilizado para a resposta humanitária global, incluindo para instalações médicas e de água ou para o trabalho da UNRWA”, alerta Lazzarini, reforçando que os principais serviços em Gaza, como hospitais e estações de dessalinização de água e tratamento de esgoto deixaram de funcionar por falta de combustível.
Segundo a UNRWA, são necessários 160 mil litros de combustível todos os dias para “operações humanitárias básicas”, mas as autoridades israelenses impedem a entrada do item em Gaza nessa quantidade.
“É terrível que o combustível continue a ser usado como arma de guerra. Nas últimas cinco semanas, a UNRWA tem apelado à obtenção de combustível para apoiar a operação humanitária em Gaza. Isto paralisa seriamente o nosso trabalho e a prestação de assistência às comunidades palestinas em Gaza”, afirma Lazzarini.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.